Calendário (50)


Cheguei a Annie Ernaux este ano através de Didier Eribon e do seu magnífico "Regresso a Reims". Li "Os Anos", um relato pungente da condição feminina numa França dos anos de 1950, 60 e 70, que não era assim tão progressista quanto muitos poderão imaginar (e onde me incluo). Acresce, ainda, uma profunda noção de "classe" e de todas as contradições que essa ideia contém, quer na teoria como, principalmente, na prática. Na semana passada comprei "O Acontecimento", que, parece-me, não ficará atrás de "Os Anos". Irei continuar a comprar os livros da autora. Só tenho pena de não ler suficientemente bem o francês, caso contrário: compraria os livros que ainda não estão  disponíveis em português.

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