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Há muito que não abria o guarda-chuva. E pela manhã eis que uma leve chuva me obrigou a lembrar quando terá sido a última vez. Não consegui. A chuva não pareceu incomodar os pombos que se entretinham com restos de milho espalhado no passeio. Tão-pouco alguns homens num andaime pareciam preocupados. Não vi ninguém a correr para se abrigar. Muito menos as árvores que me pareceram radiantes com a pequena dádiva.

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Não bebo café desde o dia 28 de Dezembro. E verdade seja dita não sinto falta de cafeína. Por isso já não entro no lugar de sempre para a primeira bica da manhã. Vejo todavia que continuam por lá os mesmos rostos. Talvez as mesmas queixas que deixaram de ser as minhas também.

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Olho pela janela. Vejo ao longe alguns arbustos que se movem com o vento. Lentamente. 

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