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Carlos de Oliveira sempre foi para mim uma referência, devido, essencialmente, àquilo que Manuel Gusmão designa de "veemência contida" ou "contensão veemente". E é, também, devido ao incessante descontentamento com a sua obra, procurando sempre a "possível eficácia mínima" (Manuel Gusmão novamente). Isto tudo porque comecei ontem a leitura de "Alcateia" (Assírio & Alvim, 2021). Pensar que o autor rejeitou o romance — bem escrito, limpo, ritmado, sem palha — por não estar com ele satisfeito, faz-me pensar na autocensura que hoje escasseia entre jovens autores, onde sem falsa modéstia me incluo, não por ser jovem, mas porque já publiquei alguns livros.

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