Três da tarde. Roupa estendida. Louça arrumada. Estas pequenas coisas.
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Com os dias quentes e cheios de sol começam as obras aqui em algumas casas da vizinhança. Ouvem-se martelos e rebarbadoras. Às vezes uma ou outra voz de comando. Passam comboios à hora marcada e lá longe o mar. Há quem duvide que aqui desta janela vejo o mar. Ainda ontem alguém olhou para mim com ar desconfiado. Mas a verdade é que vejo o mar daqui. Lá longe. Em silêncio. O mar.
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A única certeza que tenho é a permanente dúvida.
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A única certeza que tenho é a permanente dúvida.
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