Um poema de Rolando Sánches Mejías


Arqueologia


Encontraram, no fundo dos túneis, ratazanas de metro e meio de comprimento.
Iluminaram-nas com lanternas (os russos disseram olá! olá!) e as ratazanas fugiram, bamboleantes e caóticas, os seus olhinhos vermelhos feridos pela luz.
Um dos russos pediu vodka e outro deu-lhe vodka e então disseram algo sobre a realidade.


em Poesia Cubana Contemporânea, tradução de Jorge Melícias, selecção, prefácio e notas de Pedro Marquês de Armas, Lisboa: Antígona, 2009, p. 125.

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