Um poema de Gil de Carvalho


Na Ásia

As vozes nos telhados de tesoura
São da que gentilmente
Transpõe este rio, curvado
A barcaças de remoção de fundos.
Restos de neve em Hohhot.
O amor passa ou não
Passa, corrente.
Acende a luz no busca-pólos, devagar.
Mene, peres, teqel
Constelações em terro e do firmamento, azul.


em Entrepostos, Lisboa: Cotovia, 1993, p. 23.

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