«Se eu usasse chapéu alto, e devia usar, tirava-o num rasgado gesto,»
diz António Lobo Antunes que lhe escreveu Agustina, numa carta em que comentava
um livro dele. No prefácio que escreve para Vale Abraão, Lobo Antunes coloca
Agustina como planeta na galáxia Lobo Antunes. A literatura portuguesa do
século vinte, em retrospetiva, para Antunes enquanto jovem, era olvidável,
exceção feita a dois amigos, Cardoso Pires e Manuel da Fonseca, até Agustina
publicar «o seu primeiro livro» (qual, se Agustina publicou O mundo fechado
quando Lobo Antunes tinha seis anos?) O prefácio é acerca de Lobo Antunes,
Agustina é apenas o pretexto. E sobre o livro? Nada.
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