Um poema de Alda Merini


12


Para ti escrevi árduas sentenças,
para ti escrevi todo o meu declínio;
aniquilo-me agora, e nada pode salvar
a minha voz devota; apenas um canto
pode transparecer sob a minha pele
e é um canto de amor que amadurece
esta minha eternidade sem limites.


em A Terra Santa, tradução e prefácio de Clara Rowland, Lisboa: Livros Cotovia, 2004, p. 43.

Sem comentários: