1. Hoje no carro, a caminho escola, ouvi que os níveis de obesidade
infantil estão a aumentar em Portugal, principalmente na faixa etária dos onze
anos. Não estou admirado. Vejo isso nos meus alunos todos os dias. E está a
piorar de ano para ano. Para além de não praticarem exercício físico (um colega
meu de Educação Física disse-me, no outro dia, que os alunos estão cada vez
mais “analfabetos” do ponto de vista físico), estão cada vez mais a comer pior. Já passei por dezassete escolas diferentes. Só quatro tinham cantinas
“à antiga”, isto é, cantinas com cozinheiras “à antiga” e sem serviço de
catering (como é agora habitual). Eram cantinas que ofereciam comida de
qualidade: bem confeccionada e saborosa. Nessas quatro escolas nunca ouvi os
alunos falar mal da comida, ao contrário das escolas dependentes do serviço de
catering, que poderá oferecer uma refeição equilibrada do ponto de vista dos
nutrientes e das calorias, mas também é verdade que, a maioria, oferece uma
refeição com um aspecto deslavado e muito pouco saboroso.
2. Não sei se existe uma coincidência, mas nas escolas com cantina própria os alunos não saem para comprar baguetes, hambúrgueres ou qualquer outro tipo de comida-rápida. Não o fazem porque não existem estabelecimentos que a vendam perto da escola. E porquê? Porque, segundo a minha experiência, cantinas escolares boas não são boas para o negócio da comida-rápida. É claro que a extinção da maior parte das cantinas escolares (das verdadeiras, que prestavam um verdadeiro serviço público) veio beneficiar o sector privado, que apenas pensa no lucro e vive para o lucro.
2. Não sei se existe uma coincidência, mas nas escolas com cantina própria os alunos não saem para comprar baguetes, hambúrgueres ou qualquer outro tipo de comida-rápida. Não o fazem porque não existem estabelecimentos que a vendam perto da escola. E porquê? Porque, segundo a minha experiência, cantinas escolares boas não são boas para o negócio da comida-rápida. É claro que a extinção da maior parte das cantinas escolares (das verdadeiras, que prestavam um verdadeiro serviço público) veio beneficiar o sector privado, que apenas pensa no lucro e vive para o lucro.
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