Com Kerouac pela vila-ilha
deserta habitada por fantasmas. Trago comigo alguns no bolso, que acrescento às
ruas. Kerouac grita haikus às montanhas e os gatos espantam-se com tamanho
bardo. A tarde arde de nuvens carregadas, ar abafado. Kerouac sobre o ribeiro:
água na concha das mãos ― refresca a cabeça estourada. “Se uma pessoa não diz o
que lhe vai na alma, para quê escrever?”. Não respondo. Limito o meu
silêncio ao seu silêncio. A tarde arde de nuvens carregadas,
ar abafado.
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