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Os dias lá vão acumulando o seu pó e tu fazes o possível para não espirrar. Tentas não te deixar ir. Sobretudo: resistes. A Constituição da República Portuguesa parece que te dá esse direito no seu artigo vigésimo primeiro. Resistes. Sobretudo. Contra tudo. Por tudo. E com a vantagem de não teres de partir para a clandestinidade, apesar de te sentires suficientemente clandestino. 

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