Livros (117)




Voznessenski é do tempo em que os poetas enchiam estádios de futebol (às vezes penso que Nuno Moura o homenageou num dos seus poemas). Descobri a sua poesia não num estádio de futebol mas na livraria do Miguel de Carvalho, em Coimbra. Lá, no Adro de Baixo, li pela primeira vez os versos do poeta russo (ou será soviético?): «Por ora, pesa sobre os nossos ombros,/o fardo da desordem./Assim estamos unidos.//Assim dormimos.» (p. 28). Noutros versos, poemas, consegue desconcertar o leitor com imagens inesperadas, mas mantendo um lirismo contido e despovoado de superficialidades. Poesia para ser lida em voz alta, ou baixa. Depende do leitor.

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