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A noite. Sempre a noite. Desta vez acompanhada com algum vento. Muita chuva. Sobre a cama e no quarto aquecido ouves a voz de David Lindley perguntar-te: what is a soul of a man. Claro que é uma pergunta que não espera resposta da tua parte. Mas ela fica a pairar no quarto, como uma espécie de sombra que o candeeiro da mesa-de-cabeceira amplia na parede em frente. Olhas para ela, para a parede. Lembras o tempo em que estava coberta de posters. Mas já lá vão alguns anos. E nesses anos, esses mesmos que já lá vão, não serias tão assombrado pela pergunta que David Lindley te faz.

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