E. M. Cioran


As massas não se agitam se apenas tiverem de escolher entre males presentes e males futuros; resignadas com os que experimentam, não têm qualquer interesse em arriscar-se a caminho de outros, desconhecidos, mas certos. As misérias previsíveis não excitam as imaginações, e não há exemplo de uma revolução que tenha rebentado em nome de um porvir sombrio ou de uma profecia amarga.


em História e Utopia, tradução de Miguel Serras Pereira, Lisboa: Letra Livre, 2ª edição, 2014, p. 16.

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