para a Margarida Ferra
O amor, como
sabemos, engana-nos muitas vezes. Nós, como sabemos, enganamo-nos muitas vezes
com o amor. A maior parte das pessoas passa a vida enganada e a enganar-se com
o amor. Naquela altura – pois há sempre uma altura para algo – eu andava
enganado com o amor. Pensava que nunca mais iria amar alguém como, naquela
altura, amava. Como é óbvio: enganei-me. Passava parte dos dias de Verão a olhar para o céu, ou, então, a
olhar para o tecto do meu quarto. O Verão sempre foi para mim aquela altura do
ano propícia a amar. Não sei se será da luz, do calor. Os dias também são mais
longos, é certo. Tentamos ocupar o tempo da melhor maneira possível. E, por
vezes, apaixonamo-nos e começamos a amar. Foi o que aconteceu comigo na altura.
Mas isso é outra história.
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