para o Miguel de Carvalho
Esta coisa da música tem as suas razões. Não sei se faz muito sentido esta primeira frase, mas na altura eu vestia todos os dias o preto. A noite era uma espécie de barco bêbado (sim, clara referência a Rimbaud, que naqueles dias era o meu homem do leme) e eu apenas um tripulante bastante enjoado com o mundo. É claro que os anos passaram. O enjoo, esse, continua. Pode não parecer: mas sou muito pouco world friendly. O que me safa ainda é o amor, a amizade, a poesia, a música e o vinho (apesar de não beber tanto quanto me apetece: raios partam o coração). A verdade, pois há sempre um fundo de verdade nestas coisas, é que já não visto todos os dias o preto. Pelo menos na roupa.
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