Andrei Voznessenski



Nasceu em 12 de Maio de 1933 em Moscovo. Faleceu em 2010. Em 1958 publica os seus primeiros poemas. Torna-se muito popular e 14000 pessoas reúnem-se num estádio de Moscovo para o ouvirem recitar a sua poesia. O seu livro Coração de Aquiles atinge uma tiragem de quinhentos mil exemplares. A popularidade trouxe-lhe alguns inimigos. Em 15 de Abril de 1970 sai em Moscovo o seu último livro. Cem mil exemplares são vendidos nas livrarias da capital soviética. No outro dia cruzei-me, pela primeira vez, com a sua poesia. Fiquei surpreendido pela força das palavras. Lembro-me, por exemplo, do início do poema Pranto para dois poemas que não chegaram a nascer: «Ámen.//Assassinei um poema. Não o deixei nascer/e dei-o a Caronte./Agora faço-lhe o enterro./A entrada é livre para toda a gente./Venham ao enterro.» (p.17). Ou então estes versos: «Silêncio.//Isto é um lago perto da fronteira./São três pinheiros.//Aqui se concentrou/o espanto/de vidas, de nuvens e de alturas.» (p.26). Ou ainda o breve poema Noite: «Tantas estrelas!/Tantos micróbios nesta atmosfera...» (p. 58).

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