O que mais me
impressionou neste romance foi a aparente fragilidade do mesmo. Explico: quem o
lê poderá ficar com a sensação que nada daquilo é novo, que nada daquilo é
importante; poderá pensar que é um romance sem fôlego, sem pernas para andar.
No entanto, a leitura de A Casa da Morte
Certa não deixa ninguém indiferente. Pode ser lido como metáfora de um
época em que as crenças começam a ficar caducas. Contudo, o Homem começa a
ganhar consciência da caducidade dessas mesmas crenças, e procura despertar
para uma nova realidade: «O futuro está cheio de gritos. O futuro está cheio de
revoltas. Como represar este rio transbordante que vai submergir as cidades?» (p.
186).
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