Versões: Luis Alberto de Cuenca

Vozes


Porque todas as caras que amei, todos os rostos
que ocultei entre os meus braços ou admirei entre os lençóis
converteram-se em máscaras que interrompem o meu sono,
dizendo-me com vozes terríveis e góticas:
«Somos nós. Vem. As mesmas que te amaram.
Vem ao nada. Vem ao que resta.»


Luis Alberto de Cuenca, «Voces», De Amor y de Amargura, Edição, selecção e prólogo de Diego Valverde Villena, Sevilha: Renacimiento, 2003, p. 106.

Sem comentários: