Um poema de A. da Silva O.

Maldito seja Eu

Hoje acordei dividido
na impossibilidade
de me transformar numa metáfora

Assim preso
a um muro de vídeo
cheio de imagens
feridas pelo impessoal

Restos de mim
espalhados pelo chão
de uma época
que não consigo destruir


em Revista A Mar Arte, Coimbra: A Mar Arte, nº 5, Outono de 1996, p. 32.

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