Um dia escreveu que sempre tinha querido ser poeta e que mais tarde se apercebeu que, na realidade, o que queria ser era poema. Disse que tinha conseguido. Que devido a isso estava enclausurado em si mesmo. Que mais nada importava. Que tudo o resto era silêncio. Só conheço dois poetas assim: Höderlin e Rimbaud. A sua poesia reunida quase que não chega às cem páginas ou cem poemas. É um dos poetas espanhóis mais reconhecidos e imitados do século XX. Pertencia à geração de cinquenta. Parece que foi amigo de Cernuda. Nunca ligou muito a ortodoxias: nem na literatura nem na vida. Dizia que tinha sido de esquerdas, mas que não praticava há muito tempo.
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