Georges Darien



Calor. Lá fora a noite. O silêncio que é costume referir nestas alturas. Não há poesia que acalme os meus nervos. A mesquinhez, a hipocrisia, a malvadez humana entram sem pedir licença. O homem, na sua pequenez, é um ser abjecto. E não é preciso reduzi-lo à sua insignificância. Basta olhar para ele, todos os dias, olhos nos olhos. O homem é um ser abjecto. Ponto. Não escrevo homem com “h”maiúsculo propositadamente. Ele não é o suficientemente grande para o merecer. Céline é que tinha razão. Antes dele: Darien. É só ler Biribi. Está tudo lá. A maldade, a mesquinhez, a hipocrisia, o cinismo (não o dos antigos gregos), o arrivismo, a estupidez. Mas nós ainda precisamos de ler livros para nos darmos conta disso. Como se preciso fosse! Caramba! Temos olhos na cara, ou não? Temos nariz para sentir o cheiro à merda, ou não? Às vezes acredito que somos uns incapazes. Uns abortos de Deus. E logo eu que não acredito Nele.

2 comentários:

Manuel Ramos disse...

:)
O Nele final é com minúscula, por favor, pois mesmo ele não está isento de culpa.

manuel a. domingos disse...

tens razão!

olha, continuo no mesmo sítio. renovaram o contrato.

abraço