Um Outono de Chuva
III
Foi a tua vontade. Mas agora sorri,
Mesmo que os montes & a serra te apertem.
Não pares. O rio salpica as margens,
Hoje de cobre & até ao fundo,
Onde a própria Terra jaz morta.
Mas agora toca-me na cara
Mesmo no teu voo da noite,
Poupando-me ao Inverno.
Para ti abro agora um espaço novo,
Num silêncio crepuscular: os pássaros calaram-se,
Para te restituir a música da chuva.
em Nada Brahma, Lisboa: Assírio & Alvim, colecção Cadernos Peninsulares/Literatura, 1991, p. 47.
3 comentários:
Mas que merda de poema!!!! Ai assírio assírio, quem te viu e quem te vê!
caro anónimo:
caso não tenha reparado, a data do livro é 1991. na altura, manuel hermínio monteiro ainda era o editor da assírio & alvim.
além de editor da assírio&alvim, Hermínio Monteiro era poeta. Quanto a MS Lourenço não só é um dos maiores filósofos do séc. XX, mas um excelente poeta, saudado por Cesariny, Pedro Tamen, etc.etc. Quanto ao anónimo: A ignorãncia é sempre muito atrevida.
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