Thorsten Silberschatz (1890-1920)


Quando em 1870 Thorsten Silberchatz nasceu o seu destino já estava traçado. O pai, mestre-escola da numa pequena aldeia do actual município de Gösen, cedo lhe incutiu o gosto pela música. Silberchatz aprendeu a tocar piano com cinco anos de idade, compondo a sua primeira obra – ao gosto romântico – com apenas nove anos. Com onze anos partiu para Viena, indo para casa de um tio abastado que providenciou a sua educação. Aos dezoito anos ingressou no Conservatório de Viena. Depois de concluído o Curso Superior de Composição, Thorsten Silberchatz partiu numa viagem pelos Balcãs, onde entrou em contacto com a música popular daqueles países. Muitos afirmam, nomeadamente o musicólogo inglês Richard Lawson, que este contacto directo «with music as rich as that of the Balcans» (Lawson, 1957), influenciou Silberchatz nas suas composições futuras, onde as matizes da música popular estão presentes de uma forma reveladora e, tendo em conta o panorama musical europeu, vanguardista. Músicas como Zigeunerlager, Getötet durch eine Gypsy Waltz e Der kleine Fötist são prova evidente. De regresso à Áustria, Silberchatz concorre a um lugar de professor de Composição no Conservatório de Viena, lugar que ocupa até ao dia da sua morte. No verão de 1920 conhece Arnold Schoenberg, com quem estabelece amizade. Silberchatz há muito que considerava falido o sistema tonal. Desde 1916 que procurava estabelecer um novo sistema de organização de alturas musicais, em que as doze notas da escala cromática seriam tratadas como equivalentes. No dia 10 de Outubro de 1920 Thorsten Silberschatz não comparece às aulas no Conservatório de Viena. Nunca mais foi visto.

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