Abrigo o teu olhar na concha
das noites, na pálpebra inversa,
imensa, da prevista hesitação:
vês daqui a estrela mais secreta,
quando te descolas, contorno,
a sempre repetida oferta.
Vens, respiras, iluminas-te
na única escuridão que permites.
Julgava adivinhar-te, num ângulo
preciso da noite, convidas
sempre, em outro lugar, apenas
ofegante.em
Caos, Lisboa: Frenesi, 1ª edição, 1987, s/pág.
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