A ida à capital até que nem foi má. Saí em S. Sebastião, atravessei o Parque e desci a Avenida. Sempre gostei de descer a Avenida a pé, principalmente da parte da manhã. Sabe-me bem. Não vou estar para aqui a justificar-me com razões. Apenas sei que me sabe bem. Depois da Avenida foi a vez do Chiado, ou melhor, Rua Anchieta. Mais um livro para a mochila: «vestimos à moderna, pretendemos viver à moderna, e pensamos e sentimos à antiga. Somos um povo pertencendo pelo aspecto aos tempos dos Direitos do Homem e pertencendo, na verdade, pelo espírito aos tempos da pedra lascada.» (Manuel Laranjeira, Pessimismo Nacional, Frenesi, 2009).De seguida: Letra Livre. Mais uma série de livros: Sião (antologia de poesia organizada por Al Berto, Paulo da Costa Domingos e Rui Baião), A Escrita (Paulo da Costa Domingos), Blues para uma Puta Velha (Jorge Fallorca) e Caos (Manuel Fernando Gonçalves). O almoço foi num restaurante simpático na Rua das Flores. Polvo à Lagareiro, um bom copo de vinho tinto alentejano, café. Rumo à Trama fui surpreendido por uma exposição: Portugal na I Grande Guerra. Bilheteira: “Boa tarde.”, “Boa tarde.”, “Quanto é o bilhete?”, “Dois euros”, “Quero um, por favor.” (pausa em que observo atrás da rapariga, em letras gigantes: Bilhete – €2), “Peço desculpa, só agora vi que ali indica o preço…”, “Não faz mal, já estamos habituados”. Chegada à Trama e um silêncio acolhedor. Tomo um café. Aparece Jorge Fallorca. Depois Luís Filipe Cristóvão. E mais tarde Fernando Dinis. Fernando Dinis tem a ideia de beber um chá. Eu e o Luís seguimo-lo. Bom chá. Melhor conversa.
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