Me and my friends


Quero ver se amanhã consigo ir até à capital. Lisboa é um cidade que visito sempre com prazer, apesar de ir sempre (praticamente) aos mesmos lugares: Rua da Anchieta, Trama, às vezes a Poesia Incompleta. Para mim chega. É suficiente. Mas nunca pernoito pela capital. É raro. Houve tempo em que ficava em casa de um amigo em Odivelas. Nessa altura tínhamos interesses comuns. Hoje nem tanto. Amanhã apetecia-me ficar por lá. Pernoitar. Só que os hotéis estão caros e as pensões mais acessíveis ao meu bolso têm putas ao fundo das janelas a discutir preços e clientes. E não me atrevo a pedir a algum amigo albergue pela noite. Explico: tenho amigos, só que tenho um problema: telefono-lhes somente quando preciso de ficar na capital de um dia para o outro: e eles nunca me dizem que não e eu depois tenho de fazer sala e essas coisas: jantar com eles, ir para os copos com eles: e eu gosto de estar à-vontade, ir para onde me apetece, fazer o que me apetece e tal. Penso que eles, às vezes, não entendem isso. Mas continuam meus amigos e eu agradeço-lhes a amizade. Afinal, talvez entendam.

1 comentário:

Anónimo disse...

então, não querias ser como o Bukowski? agora fode-te. qual é o problema das pensões manhosas? putas é bom. não é preciso entrares no negócio. não és homem para isso. até podes dormir descançado e não chateias os amigos. e na melhor das hipóteses, podes acordar com um poema na mesa-de-cabeceira. ou com uma puta enrolada no teu travesseiro.

comentário dum amigo.