Thomas Bernhard


«(…) eu sabia que Roithamer sempre levava a sério tudo o que pensava, o que, porém, as pessoas que o rodeavam nunca verdadeiramente tinham querido acreditar, os seus pensamentos, como os seus sentimentos, tinham sido sempre extremamente sérios, o que de mais sério poderia haver, e os seus pensamentos e os seus sentimentos tinham sempre de coincidir com a sua existência, pois de outro modo ter-lhe-ia sido impossível avançar, progredir (…)»

Thomas Bernhard, Correcção, s.l.: Fim de Século, tradução de José A. Palma Caetano, 2007, pp. 78-79.