poema com domicílio
Esta apólice, o vizinho de cima
A puxar o autoclismo
A bater na mulher e nos filhos.
A água da torneira com cheiro a lexívia
Sempre a pingar
O televisor com uma avaria.
Talvez o canteiro das flores
Sujas e mal tratadas
Estas zangas por tudo e por nada.
em Lançam-se os Músculos em Brutal Oficina - O Conhecimento das Coisas, Lisboa: & etc, 2000, p.27.
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