O tempo anda como o país: uma coisa que não se entende. E será que é para entender ou simplesmente desculpa para escrever mais um textinho? Ontem o sol ainda deu um ar da sua graça (esta frase faz-me sempre lembrar aquele sol da primária a que eram acrescentados olhos, nariz e boca), mas depois soprou uma aragem que se tornou incomoda. Regressei ao carro e a casa. Estive a ler poesia de um modo intermitente: um poema de cada vez com intervalos de 10 minutos entre cada um. Parece estranho mas dá tempo para pensar naquilo que se lê. Mas será realmente necessário pensar aquilo que se lê? Conheço gente que consegue pensar aquilo que não lê. Tenho a sensação que é uma ciência oculta que começa, cada vez mais, a ter seguidores. É gente extraordinária. Admiro-os profundamente. Gostava de ter um discurso coerente sobre algo que não li (logo eu, que nem um discurso coerente consigo ter sobre algo que li). Há quem consiga. E as plateias aplaudem e vibram e dizem sim senhor, muito bem dito, extraordinário! Mas, voltemos ao tempo. Não é verdade que está estranho?
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