(...)


Vou-te contar um segredo, leitor. Ando um pouco farto disto. Agora só me resta saber o que é isto para eu andar farto disto. É um grave problema, leitor, esta indefinição. Não saber é terrível. Mas isso já tu deves saber. Também te deve acontecer a ti, não é? Pois, eu sei. É lixado. E como resolver a situação? Quanto a mim não há resolução possível. Espera aí! Quem é que respondeu? Fui eu. Eu? Quem? O teu leitor. Ou esqueceste que tu és o teu primeiro leitor. Ando um pouco farto de me tratares de uma forma tão formal, principalmente quando te diriges a ti próprio. Mas eu não me dirijo a mim próprio. Que raio de conversa é essa? Que raio de conversa é essa pergunto eu? Mas se tu és eu e eu sou tu, já deves saber as respostas. O pior é que não sei. Se soubesse não te questionava sobre elas. Isto está a ficar muito confuso. Pois. Agora imagina na vida real.

1 comentário:

Cath Quelque Chose disse...

Não saber o que realmente se quer é angustiante. É bem pior que saber, mesmo que seja difícil de alcançar.

cumps.