Como homem que sou gostava de ter mais certezas que incertezas. Isto de uma pessoa viver cheio de incertezas é lixado. É claro que há aqueles que passam pela vida cheios de certezas, raramente se enganam e nunca têm dúvidas. Não vou dizer que gostava de ser assim, pois uma dúvida, de vez em quando, apimenta a coisa. Estar constantemente cheio de dúvidas e rodeado de incertezas é que não dá com nada. Depois um gajo procura respostas. Lê livros. Vê filmes. E fica na mesma ou ainda com mais dúvidas e incertezas. Chega a pensar se não anda a ler os livros errados e a ver os filmes errados. Talvez ande a perder tempo à procura das respostas, pois, como disse o outro cujo nome agora não recordo, quando o homem encontra as respostas Deus muda as perguntas. Mas isso só acontece se acreditarmos em Deus. Para aqueles que acreditam na não-existência de Deus o problema está resolvido? Não. Arranjam outra coisa, nem que seja justificar a não-existência ou dizer que a existência é absurda e coisas desse género. Resolvem pensar no sentido da vida e acabam num beco sem saída. É claro que eu não acredito que a vida seja um beco sem saída. Antes um labirinto onde a saída é difícil de encontrar, mas está lá.
2 comentários:
"pray that there's intelligent life somewhere up in space cause there's bugger all down here on Earth", disseram os Monty Python.
Visto isto, não sei se acredito que haja saída do labirinto, mas se tu dizes, já é um bom começo.
A propósito de paranóias e obsessões, há um brilhante filme que trata disso mesmo: "Bug", de William Friedkin. Se não viste, aconselho vivamente (só que são paranóias e obsessões muito mais extremas do que aquelas que tu e eu temos, garanto).
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