Da poesia (13)


Quando menos espera qualquer homem «realiza um dia o encontro decisivo com os seus limites.» (Eduardo Lourenço). Um desses limites é a poesia. Não quero com isto dizer que a poesia é limitadora ou limitada, muito pelo contrário. Mas é ao confrontar-se com a poesia – com as suas infinitas possibilidades e formas –, que o homem é confrontado com um dos seus limites. Simplificando: o homem, na verdade, nunca aprendeu a nadar, e quando chega à poesia deixa de ter pé.