Dias grandes e luminosos

Há um ano atrás foi a época mais feliz que vivi nos últimos tempos. As aulas estavam quase a terminar, ultimava a peça de teatro que escrevi em co-autoria com o António Godinho e que estreou no mês passado, lia quase um livro por semana (que eu sou lento a ler), ia à praia quase todos os dias, vivia com a pessoa que mais adoro neste mundo e escrevia mais do que me era permitido. Os dias eram grandes e luminosos. Simplesmente. Se conseguisse voltava para lá. Foram dias felizes. Muito felizes. Eu sei que não devia estar aqui a partilhar isto convosco, pois há coisas que só a nós pertencem, como por exemplo os ruídos que fazemos quando vamos à casa de banho ou quando fazemos amor. Mas hoje o dia está a doer fundo (como diz a canção) e lembrar esse tempo, compartilhá-lo com vocês, torna tudo um pouco mais fácil.

4 comentários:

Ana V. disse...

Passei por aqui algum tempo, gostei muito de ler. era só isto que queria dizer.. e bom Feriado. :)

Sérgio Currais disse...

Isto não tem nada a ver com este post mas era só para dizer que no episódio de ontem do Californication falou-se em Charles Bukowsky, e apareceu um livro dele. Ao que parece, é um ds autores preferidos da Karen, ex-mulher do Hank Moody, escritor em crise e personagem central da série.

Anónimo disse...

Pois é.
Por vezes, partilhar as dores danos a sensaçao de que liberanos delas.
¿Ou é que estabas a partilhar as alegrías?
¿Será que conseguimos voltar a algums tempos ao lembra-los?
¿Será que nao tinha raçao o poeta chileno cando dizía "Nada vuelve, todo es otra cosa"?
¡¡Sei lá!!
O que sei é que eu acho que entendo o que queres chorar ao dizer.
Apertas dende Espanha (nem bom vento nem bom casamento) e desculpas pelo portuñol.

ana salomé disse...

isto é muito bonito.*