Algumas notas sobre O Meu Cinzeiro Azul
(1)
Vamos por partes. A poesia não deve ser: a poesia é. Não há má nem boa poesia: só há poesia. A poesia é respiração. Depois de ler O Meu Cinzeiro Azul, o último livro de Henrique Manuel Bento Fialho, foram estas as três ideias que retive. É muito pouco, dirão alguns. Mas muitas vezes o pouco é suficiente. O Meu Cinzeiro Azul é, principalmente, um livro bem escrito, um livro que não cansa. Nos dias de hoje, poucos são aqueles que escrevem sobre poesia como Henrique Manuel Bento Fialho escreve. São poucos aqueles que pensam ou que escrevem sem pretensiosismo, sem tentar doutrinar. Henrique Manuel Bento Fialho escreve pelo simples facto de escrever lhe ser essencial. Não me refiro a essencial do ponto de vista económico ou de reconhecimento. Refiro-me a essencial do ponto de vista fisiológico. Escrever é respirar, logo é respiração. E aqui respiração não é metáfora, é realidade. Sem escrever, sem poesia, Henrique Manuel Bento Fialho não é.
Vamos por partes. A poesia não deve ser: a poesia é. Não há má nem boa poesia: só há poesia. A poesia é respiração. Depois de ler O Meu Cinzeiro Azul, o último livro de Henrique Manuel Bento Fialho, foram estas as três ideias que retive. É muito pouco, dirão alguns. Mas muitas vezes o pouco é suficiente. O Meu Cinzeiro Azul é, principalmente, um livro bem escrito, um livro que não cansa. Nos dias de hoje, poucos são aqueles que escrevem sobre poesia como Henrique Manuel Bento Fialho escreve. São poucos aqueles que pensam ou que escrevem sem pretensiosismo, sem tentar doutrinar. Henrique Manuel Bento Fialho escreve pelo simples facto de escrever lhe ser essencial. Não me refiro a essencial do ponto de vista económico ou de reconhecimento. Refiro-me a essencial do ponto de vista fisiológico. Escrever é respirar, logo é respiração. E aqui respiração não é metáfora, é realidade. Sem escrever, sem poesia, Henrique Manuel Bento Fialho não é.
(2)
Outra ideia interessante, e que mereceria uma abordagem mais longa, é aquela que se refere à escrita enquanto suicídio. É certo que não deixa de ser uma ideia romântica, no entanto, tem um grande fundo de verdade. O escritor quando escreve suicida-se sempre. Contudo, este suicídio não é uma maneira de deixar de ser, antes o oposto: o suicídio é a única maneira que o escritor encontra para conseguir ser. Dirão alguns: isso é ridículo, impensável. A esses digo: vocês afinal não escrevem.
(3)
Não se pense que O Meu Cinzeiro Azul é um conjunto de textos dispersos e que um livro, e antes um blog, lhes deu alguma unidade. O Meu Cinzeiro Azul é composto por textos pensados, fundamentados (cf. com as várias referências bibliográficas), com uma linha condutora, onde o leitor é confrontado com várias questões (que muitos recusam a fazer). O Meu Cinzeiro Azul é um livro que é.
(4)
A poesia não deve ser: a poesia é. Não há má nem boa poesia: só há poesia. A poesia é respiração.
Henrique Manuel Bento Fialho, O Meu Cinzeiro Azul, Canto Escuro: s.l., 1ª edição, 2007, 136 pp.
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