Ó da Guarda!

Um outro assunto isento
queria aqui deixar.
Por exemplo.
Levanto-me cedo, tomo o pequeno almoço
fumo um cigarro, ou quantos?

Depois de pronta desço
das escadas os três lanços.
E logo em baixo café, tabaco, jornais.
Inusitado no poema –
queriam um lírio, uma açucena –
e não coisas tão banais?

Helga Moreira: nasceu em Quadrazais, Guarda. Publicou Cantos do Silêncio (1978), Fogo Suspenso (1980), Quem não vier do sul (1983), Aromas (1985), Os Dias Todos Assim (1996), Desrazões (2002), Tumulto (2003), Agora que falamos de morrer (2006). Poesia sua encontra-se publicada em revistas — Serpente, Colagem, Os Poetas do Café, Hífen, etc. — e volumes colectivos: A Jovem Poesia Portuguesa-I (1979) e Amor Luxúria & Morte (1987). Encontra-se ainda representada em Vozes e Olhares no Feminino (2001, org. Isabel Pires de Lima). Vive no Porto.

2 comentários:

Anónimo disse...

Esqueceu-se de «Agora que falamos de morrer» (Lisboa, & etc, 2006).

manuel a. domingos disse...

muito obrigado!