Rumo ao 019


troika tomava conta do país e o desemprego tomava conta da minha vida. Era necessário ocupar o tempo e o espaço da inquietação (obrigado, Vergílio Ferreira). E assim nasceu a Medula. Estávamos em 2013.

Brevemente iremos publicar o décimo nono livro. Muitos dirão que não é muito aquilo que temos para apresentar em onze anos de existência. De facto, não é muito: é o possível, tendo em conta que não vivemos de subscrições que garantam o mínimo de vendas, e, muito menos, da carteira dos nossos autores. É, também, uma forma de resistência, pois não cedemos à ditadura do imediato, ao fetichismo da mercadoria (obrigado, Marx), tampouco ao aparecer para ser e parecer ser.

A Medula espera continuar a contar com a carolice dos seus amigos, que amavelmente nos ofereceram já traduções e fotografias. E a contar, também, com os leitores, que têm esgotado, ao longo dos anos, algumas das nossas tiragens únicas de 100 exemplares.

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