Calhou ir ao cemitério. Enquanto caminho por entre as campas observo os rostos nas fotografias. Fico admirado com algumas por as saber ali. Chego mesmo a comentar "não me lembrava já que tinha morrido". Uma vida inteira a cruzar-me com eles na rua e não os fazer mortos. Não me lembrar que estão mortos. Apenas sentir que deixei de os ver.
*
Noite. Aproximo-me da janela. Olho o candeeiro de rua e vejo se ainda chove miudinho. E tenho outra vez doze anos quando também fazia isso. Só que o reflexo no vidro devolve a barba branca. O pouco cabelo. Um certo cansaço.
*
Houve chá e bola-de-rosas para o lanche.
3 comentários:
Bola de rosas?! O que é? Nunca tinha ouvido falar...
Os cemitérios são mesmo sítios de nostalgia...e talvez tenham também alguma poesia...
~CC~
Bom dia.
Nem nostalgia nem poesia.
Cumprimentos
Não?! Para mim sim.
Obrigada pela imagem do bolo de rosas, nunca tinha visto tal e ainda acho que conheço bem este país.
~CC~
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