A complexidade do grotesco reside na sua capacidade de exprimir um infinito interior, bem como um paroxismo extremo. (...) O grotesco nega essencialmente o clássico, da mesma forma que nega toda a ideia de harmonia ou de perfeição estilística.
Que o grotesco esconde, na maior parte das vezes, tragédias que não se exprimem abertamente, essa é uma evidência para quem capta as múltiplas formas do drama íntimo. Qualquer um que tenha vislumbrado o seu rosto na sua hipóstase grotesca nunca mais se poderá olhar de novo, porque terá sempre medo de si mesmo.
Que o grotesco esconde, na maior parte das vezes, tragédias que não se exprimem abertamente, essa é uma evidência para quem capta as múltiplas formas do drama íntimo. Qualquer um que tenha vislumbrado o seu rosto na sua hipóstase grotesca nunca mais se poderá olhar de novo, porque terá sempre medo de si mesmo.
em Nos Cumes do Desespero, tradução de Jorge Melícias, Lisboa: Edições 70, 2020, p. 26.
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