Resumo cada vez mais o pensar à observação das coisas. Gosto de ver o gato pentear cada um dos seus bigodes fazendo uma pausa de vez em quando para se certificar que a luz do sol a esta hora já está no sítio certo onde depois irá velar o resto da tarde.
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O salmão que grelhei para o almoço ficou pela casa. Decidi por isso acender um pau de incenso. À falta de sandalwood é agora a vez de orange blossom. E de repente todo eu sou Índias e Orientes invisitados.
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Baixo os estores. Há demasiada luz e os olhos pedem-me um pouco de penumbra. Ajeito o corpo ao sofá. As horas passam. Ainda não acenderam as luzes nem a noite caiu. E por agora não quero que a vida seja substituída.
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O salmão que grelhei para o almoço ficou pela casa. Decidi por isso acender um pau de incenso. À falta de sandalwood é agora a vez de orange blossom. E de repente todo eu sou Índias e Orientes invisitados.
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Baixo os estores. Há demasiada luz e os olhos pedem-me um pouco de penumbra. Ajeito o corpo ao sofá. As horas passam. Ainda não acenderam as luzes nem a noite caiu. E por agora não quero que a vida seja substituída.
1 comentário:
Eu também gosto de observar os meus dois gatos a pentearem os bigodes. O que é interessante é que os bigodes são órgãos sensoriais bastante complexos, pois é graças a eles que os gatos se locomovem, correm, saltam, equilibram, detetam vibrações no ar, etc. com a maior das facilidades. Creio que é também por isso que os gatos penteiam os bigodes com calma, precisão e subtileza, dado o grande número de informações que transmitem. Mas claro que os gatos adoram banhos de sol. :)
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