Um poema de João Pedro Azul

 

XVIII


Toda a aurora é promessa de juventude
Todo o crepúsculo anunciação da morte

Por muito que tente abraçar a noite
               ou a manhã

é sempre tarde
              para evitar a natureza

A consciência teima
A pele queima
E há qualquer coisa que escapa
               ao entendimento

uma qualquer falha

onde prontamente monto casa
e ponho mesa para três

à janela



em Um cavalo sentado à porta, s/l: Edição do Autor, 2020, p. 36.

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