Jacques Rancière


O conceito de arte não é a exibição de uma propriedade comum a um conjunto de práticas, nem sequer uma dessas «semelhanças de família» que os discípulos de Wittgenstein convocam em último recurso. É o conceito de uma disjunção — e de uma disjunção instável, historicamente determinada — entre as artes, entendidas no sentido de práticas, de maneiras de fazer. A Arte, tal como a designamos, só existe há uns meros dois séculos.


em O destino das imagens, tradução de Luís Lima, Lisboa: Orfeu Negro, 2011,  p. 99

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