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De regresso a Lisboa.


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Desde o início daquela coisa dos aplausos às dez horas da noite que um grupo de vizinhos cumpre com devoção religiosa o ritual. E tal como me acontece com outras devoções religiosas não consigo entender a persistência destas pessoas que aplaudem e gritam e assim esperam (esperam?) promover um sentido de comunidade. Ou de pertença. Ou de outra coisa qualquer que me escapa. Apenas me enervam os aplausos. Considero-os escusados. A mais. Isto é: não fazem qualquer sentido.

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Está mais vento aqui do que em Manteigas embora ontem a esta hora também lá.

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