Estados Filosóficos (120)



Numa cidade sem poetas, sobe a pulso de gramática, através do vazio, o poeta-sicário. As suas armas são os compêndios, os prontuários e as quotas em dia. Mais o voto certeiro, quer à Esquerda quer à Direita — conforme o vento da mudança — para, nele, tudo ficar na mesma: os vinte e cinco, ou cinquenta!, exemplares garantidos nas estantes do município.

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