Poucos são os amigos que às vezes me ligam. Quase nenhum me escreve. E quando digo escrever, falo numa carta à antiga. A última carta que escrevi foi há quatro meses. Não recebi resposta. Nem por carta, nem por e-mail, nem por telefone. Nada. Às vezes apetece-me desistir dos amigos que tenho. Dos poucos amigos que tenho. Desistir deles. Ficar me, myself and I. Remeter-me ao silêncio. Deixar crescer a barba. Ler muito e escrever menos. Talvez os amigos, os poucos, me agradecessem.
1 comentário:
...à uns bons anos atrás pedi as moradas de alguns amigos e resolvi escrever cartas como fazia na década de 80 e 90 do séc. passado. Foi um fracasso...e penso que um embaraço. As pessoas não percebiam a utilidade de comprar selos e meter as cartas nos marcos do correio, quando tudo estava tão facilitado...
(bem vindo ao clube dos-que-raramente-recebem -telefonemas-dos-amigos :-) )
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