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Ando há semanas a tentar acabar de ler O Tango de Satanás. A verdade é que a escrita do autor húngaro não me entusiasma, apesar de ter uma características que muito me agrada: parágrafos únicos. Mas não me agrada todo aquele palavreado, todas aquelas imagens, todas aquelas metáforas e todos aqueles adjectivos para identificar e falar da queda de um regime e de um ideal. Parece que há muita parra e pouca uva. E depois tenho ali ao lado Auto-de-Fé, de Canetti, a olhar-me e a dizer-me "larga esse gajo e pega em mim". 

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