Na noite de Sexta para Sábado acordei com a chuva forte. Eram duas e meia da manhã. O gato permaneceu aos meus pés, sem sobressalto algum. Antes de apagar a luz comecei a reler Derrubar árvores — uma irritação, de Thomas Bernhard. Crítica forte à intelectualidade austríaca.
E de repente penso que em Portugal acontece o mesmo. É vê-los de apresentação em apresentação, de cartão de visita na mão — muito prazer em o conhecer! gostei muito da sua antologia — enquanto o aperto de mão e a palmada nas costas confirmam a bazófia e o lugar comum — obrigado por me ter traduzido. vou traduzi-lo a si também — e lá vão todos para o beberete, para o porto de honra com guitarras portuguesas mais um fado esganiçado.
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