Estados Filosóficos (99)


Sempre que ouço "Revolução ou morte!", penso sempre que a morte é para aqueles que não querem a Revolução. Ou, quando instituída, se opõem a ela.

3 comentários:

hmbf disse...

Digo Spartacus, mas podia dizer Quilombo dos Palmares. Exemplos ameríndios não faltam (morreram quase todos). Enfim, Gandhi com as greves de fome. E o comovente exemplo de Bobby Sands. São tantos, tantos, tantos que deram a vida por uma revolução. A tendência para associar o slogan às lutas do socialismo contra o capitalismo reduz a palavra de ordem a um efeito, quando ela é motor. Motor de luta constante, permanente, por sociedades mais justas onde o homem não explore outros homens. Sim: Revolução ou morte! Sempre.

hmbf disse...

A morte é para as Marielle Franco... Quantos escravos foi preciso matar para abolir a escravatura (nem que seja só no papel)? Índios, civilizações inteiras dizimadas... Meu, há-de haver um dia em que somos confrontados com a necessidade de escolher: estamos do lado dos que se opõem à injustiça ou do lado dos que perpetuam a injustiça? Eu estou do lado da Marielle, que por acaso foi quem morreu. Se a opção for entre as ideias da Frente Nacional e as do nosso actual regime, olha que eu não hesitarei em escolher o alvo a que apontar as pistolas.

manuel a. domingos disse...

Quem não quer a Revolução não significa que não seja revolucionário. E repara que digo: revolução instituída, isto é, a revolução enquanto instituição, isto é, algo parado, terminado, acabado.

Estou contigo quanto às pistolas.