1. Parece que a livraria da Cotovia reabriu lá para os lados do Teatro da Trindade. E parece que reabriu com pompa e circunstância, tendo direito a destaque no Observador. E reabriu, também, com uma grande novidade: dar lugar aos "editores livres". Pelos vistos esses "editores livres" são aqueles, para quem não sabe, "que publicam o que querem, quando querem, em tiragens minúsculas". E depois desta explicação, ficamos a saber, também, que afinal os "editores livres" são "editores marginais". Parece que, ao todo, são 19 os editores-livres-marginais representados. E que mal tem a dita notícia? O tom paternalista/matriarca da mesma; o fazer supor que a Cotovia é pioneira em tal coisa, quando não é. Mas a malta bate palmas e faz vénias. Acena que sim com a cabeça, quando devia estar a dizer não com o dedo do meio em riste.
2. Ainda Lobo Antunes e a sua entrada La Pléiade. Lembram-se quando a Dom Quixote lançou a Biblioteca António Lobo Antunes? Foi em Maio de 2009, esse longínquo e esquecido ano. Foram lançados: O Coração das Trevas, de Joseph Conrad, A Letra Encarnada, de Nathaniel Hawthorne, Ilusões Perdidas, de Honoré de Balzac, O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson, e A Consciência de Zeno, de Italo Svevo. A selecção e os prefácios eram de Lobo Antunes. E quantos livros tem, hoje, a Biblioteca António Lobo Antunes? Cinco. Tem cinco livros.
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:-)
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