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O trompete de Molvaer embala a tarde. Sento-me à secretária e nada acontece. Passo os olhos pelos blogues de todos os dias. Leio-os na diagonal. Há muito que não leio nada até ao fim. Nem mesmo poesia. Tenho andado a saltar de livro em livro e nenhum me prende até ao fim. Antes ainda procurava ler tudo. Fazia o sacrifício de os acabar. Não agora. Se o livro não me agrada: arrumo-o, não perco mais tempo com ele. E começo também a ser assim com as pessoas. Se nada me podem dar de bom: arrumo-as, não perco mais tempo com elas. Chamo, a isso, envelhecer.

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